quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Do you remember?

É inevitável. Somos obrigados a aceitar certas verdades, uma delas é a de que todas as pessoas compartilham da mesma arapuca em algum ponto da vida. Seja pegar fila de banco, metrô lotado, pasta de dentes no fim e até mesmo seu paquera com outra. É natural divirdimos algumas desgraças, assim como a maior de delas: as lembranças.
Lembrança é uma coisa complicada. Te dá momentos extremamente prazerosos se o que você recorda é algo maravilhoso. Mas... E se não é? E se o que você insiste em resgatar é algo que o seu coração já deveria ter perdoado, esquecido? Se você viaja pra perto daquela sua dor e não consegue deixa-la ir?
Aí, meu bem, a água bate na bunda e tu gostaria de deitar e ter uma amnésia colossal.
Infelizmente não é assim que funciona. É quase.
Mais uma verdade a ser compartilhada e vivida: a gente lembra o que quer lembrar, esquece o quer esquecer. Se a lembrança lhe envia um fax, foi você quem forneceu o número. Se você esqueceu o Marcelo, não foi por causa do Murilo, mas porque você viu que existe mais coisa a se conhecer... foi você que forneceu a senha do teu cofre. Você é quem se enjaula e quem se liberta.
Hoje você se descabala e diz que não é sua culpa, que não consegue, é mais forte que você. Então sinto concordar, você é mesmo uma pessoa fraca. E talvez até rancorosa. Ou aquelas patéticas que adoram o martírio, sofredoras por opção. É tudo show. De péssimo gosto e qualidade. E a terceira verdade compartilhada é que você sabe disso, e repete sempre na esperança de que Deus (e por que não o mundo?) se compadeça de seus problemas! Tem ainda aquelas que não esquecem as ofensas; e digerem lentamente o amargo do ressentimento. Tudo opcional.
Ninguém aqui afirmou ser fácil. E não é só dormir e esperar a amnésia... É dormir um dia e mais outro e mais muitos outros. É abrir os olhos para o que há ao redor, sacudir a poeira e aceitar que você é quem tem que escalar o buraco. É procurar lembrar só do que lhe faz bem e pode acrescentar de positivo nos seus dias.
E você, do que é que você se lembra?



4 comentários:

Ingrid disse...

Bom, se eu fosse falar de tuuuudo o que eu lembro - e queria esquecer - teria que fazer um blog também, e vc sabe bem disso, não é Dona Zamarchi?
Mas, deixemos quieto, vou falar de uma lembrança boa.
Da lembrança daquela menina de Foz, na piscina da Tia Ane, há uns seis anos atrás. Bem aquela que nasceu um dia depois de mim. A qual eu não era amiga e por um milagre tecnológico (leia-se Orkut) nos aproximamos depois de "grandes".
Lembranças a gente vai ter sempre né?
Resta saber quais queremos ter... E vc tá entre as minhas.
=)
Beijos querida

Mel disse...

Ingrid, tu é certamente uma das minhas lembranças mais queridas! E que não seja apenas uma lembrança...
Te amo polaca! :D

Robson Mattjie disse...

Um dia seremos da Acadêmia Brasileira de Letras.
Hiiahiahiehaiea...

Gostei do texto... discordo em alguns pontos. Acredito que nem sempre a gente consegue evitar de lembrar algumas coisas. Algumas lembranças são latentes. Eis a minha opinião.

Beijus, Jade

Unknown disse...

hm...gostei do texto viu..te achei no orkut e tive acesso ao blog..mto bom!
parabens
bjs