sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

No processo de criação de meu novo blog, acabei achando este espaço outra vez. E não sei porquê meu coração ficou apertado ao pensar em excluir os textos - mesmo que hoje eu não me reconheça na maioria das palavras.

Mas, considero esse blog terminantemente fechado. Aqui ficam só as lembranças de um tempo que há muito já passou. Agora vocês me encontram aqui!

Beijos

terça-feira, 21 de julho de 2009

Amigo, estou aqui.


Olá meninas! Bom, faz muuuuito tempo que não escrevo mais aqui. A Gisa Dias, leitora do blog da Claudinha comentou aqui e me acendeu uma chama de tirar as teias do blog. Ainda continuo com o amor imenso à escrita, porém hoje em dia eu penso muito mais do que escrevo. Se eu fosse escrever tudo que penso eu deveria andar com um caderninho e uma caneta pra cima e pra baixo... e infelizmente isso não é possível.


Ontem (20/07) foi comemorado o Dia do Amigo. Hoje pela manhã vi essa foto toda fofa da minha prima de 2 anos com coleguinhas na escola, e me deu um clique profundo. E nessa pegada de amizade foi que me surgiu uma inspiração, um pensamento sobre a relação de companheirismo entre as pessoas.

Verdadeiras amizades começam despretensiosas. E por vezes vem logo depois daquela história do 'santo que não bateu'. Minhas duas melhores amigas não fugiram à regra... a afinidade veio depois do pré-conceito. E na boa, jamais diríamos que ia rolar uma parceira tão forte! O que leva as pessoas a acreditarem, contarem umas com as outras e se ajudarem mutuamente? Não sei, ainda é um mistério pra mim. Seremos amigas ainda daqui muitos anos? Não? Sim? O fato é que a amizade verdadeira resiste ao tempo, à distância, e à brigas. Talvez a amizade seja um amor sem segunda intenção, um amor fraterno. Talvez seja até pecadora demais, pois sempre aqueles que nos marcam mais, ou são mais amigos são aqueles que não fizemos um depoimento no orkut, ou aquele que você promete dar o presente de aniversário na semana que vem e nunca dá. Porém, se te ligarem no meio da noite pedindo ajuda, você jamais vai furar...

Nos ensinaram que fazemos amigos. Ensinaram errado. Nós conquistamos nossos amigos. E eles nos conquistam também.

Eles nos conquistam nas horas boas e nas ruins. Quando os colegas de farra abandonam, quando o namorado abandona, ou quando sobra mês no fim do salário, os verdadeiros amigos estão lá pra te pagar uma cerveja. E quando você passa no vestibular, consegue um emprego ou compra seu primeiro carro, lá estão eles novamente.

Amizade é tão incompreensível que nos pegamos adorando muito mais nossos amigos do que nossos parentes. Talvez o amigo seja o parente não de sangue que a gente pôde escolher. Um irmão por opção.


“Dos amores humanos, o menos egoísta, o mais puro e desinteressado é o amor da amizade.” Cícero

Feliz dia do amigo atrasado à todas que possuem amigos verdadeiros e foram afortunados com esse presente!

Aproveito para mandar um beijo para as amigas, no sentido fiel da palavra, com todos os pós e contras, apoios e puxões de orelha: Annay e Flávia, Mariana Lorenzetti, Lara e Raquel.

Beijos, e até breve, espero.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Ao homem que não é nem metade do que ele acredita ser.


Bom dia, boa tarde ou boa noite.


Você pode escolher, eu deixo. Aliás, acredite em mim: essa é uma das poucas coisas que você escolheu até agora. Eu sei que parece irônico depois te todos os “você quem sabe” que eu lhe disse, mas todas aquelas pequenas afirmações tiveram efeito antagônico sem que você percebesse.


Pois é, grande mestre, deixar você pensar ter o controle das coisas é a prerrogativa das mulheres (das de verdade é claro). E elas sabem te manipular direitinho. Não que façamos por maldade, mas puramente por resposta a essa sua testosterona vacilante, hora cruel, hora entregue.


Quero deixar claro antes de tudo o quanto você, half-man, me proporcionou amplitude e experiência. Com certeza, fazer sexo de quatro não seria a mesma coisa sem seus puxões de cabelos e suas sacanagens no meu ouvido. Nem mesmo conheceria tanta ex-namorada de um homem só, ou quantas marcas de carro, sons para carro e corrida de carros existem. Mas infelizmente suas contribuições se esgotam quase por aí.


Nós, mulheres de verdade, enjoamos de mão na bunda e olhar 43 lá pelo 4° mês. Tem que ter outra coisa paralelamente. E é claro, que você não sabe o que é isso. E nem eu vou te explicar o que é... Talvez seja por isso que nos cansamos. Pela falta de tempo ou de vontade de te explicar coisas óbvias.


Ego? Já tenho um para alimentar, e definitivamente não é o seu. Por isso me poupe de complementar suas bobagens com frases entusiásticas, eu não preciso disso, muito menos de um homem que precise.


Notei também que falta consistência em tudo que você realiza. Tudo é feito pela metade, arrastado com sua barriga tanquinho. E não fui só eu não! Todas as garotas com quem você saiu perceberam. Não foi a toa que te trocaram. Da próxima vez tenha um pouco de sensibilidade, ou quando for assistir “Diário de uma Paixão” não durma, você pode retirar algo de lá que não seja bobagem. Aliás, me diz da onde você não extrai bobagem?


Quando um ou mais exemplar da sua espécie se juntam, aí sim eu tenho vontade de me atirar do Himalaia. São histórias fantasiosas, uma mais capciosa que a outra! Arquitetam cada mentirinha tola, incapaz de comover uma criança. Estou lhe dizendo, não acreditei em nenhuma das histórias. Ao menos ressabiada fiquei ao saber que você passou o fim de semana sozinho, em casa.


Mentira. Eu sei que você saiu, porque eu também saí. Tá bom, sei que fui dissimulada, mas paguei o preço: acabei indo parar no mesmo lugar que você ‘repousava’. Só não entrei porque tive vergonha daquela camiseta ridícula que você pagou duzentos reais e jura que é linda.


Para finalizar, faça-se um pouco mais esperto, tenha mais pés no chão. Voe, mas não tire a tranqüilidade da minha brisa. Porque esperto é aquele que tem olhos de águia e não a voracidade de um abutre.


Quando você for um homem inteiro, você descobrirá também, que mulher alguma enjoa de mão na bunda e olhar 43. Mas só se for 43, 42 e meio não satisfaz.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Diário de Labuta


Trabalhar nunca foi fácil. Porém se não tivesse utilidade já teria caído de moda faz tempo. Infelizmente (ou felizmente) quase o mundo inteiro constitui o chamado mercado de trabalho. E foi apenas esse ano que eu fui conhecer os sabores e dissabores de ser mais uma a entrar nessa arapuca. Agora, gostaria de compartilhar com você a minha vida de assalariada...

Meu dia começa com um ruído estranho. É o meu celular vibrando em cima de alguma tralha ao lado da minha cama. Levanto, me arrumo, vou para o ponto de ônibus. No ponto de ônibus já começam os absurdos do dia, cada vez mais diversos e estranhos. Já presenciei uma velha catequizando as pessoas, um cara catequizando os meus peitos (que peitos?) e até cowboys da nossa vizinha, Argentina.

Eu trabalho numa agência bancária. Ok, detesto fazer propaganda, principalmente de coisa que não presta, mas pra deixar o problema bem explícito, identifico logo: trabalho na CAIXA. E lá é que é loucura, os figurões do ponto de ônibus ficam no chinelo com os figurões que aparecem lá no banco! Bolsa família, bolsa escola, PIS, seguro-desemprego, FGTS, poupança, conta corrente, transfêrencia, depósito, DOC, saque. Gordo, magro, sujo, FEDIDO, descabelados, desdentados, surdos, cegos, lentos, analfabetos. Aparece gente de tudo quanto é jeito, querendo fazer tudo quanto é coisa. E minha paciência tem que ser a maior do MUNDO. Sempre gentil, sorrindo. Quatro horas direto, não é uma grande carga horária... Porém os quinze primeiros dias do mês é pior que malhar cinco horas sem intervalo. Sem intervalo mesmo, não dá nem tempo de ir ao banheiro dar uma mijadinha. A fila do caixa eletrônico comporta cinquenta pessoas e o caixa eletrônico apenas seis por vez. E a culpa é sempre do funcionário mais próximo.

Pior ainda foi o dia que um velho mandou minha colega tomar no cú. No cú. Mesmo. A ofensa só parou quando ela em resposta, disse apenas "VÁ VOCÊ!".

Depois dessa rotininha, e com a barriga a roncar, eu bato meu cartão, dou um tchau para minha chefe. Minha chefe aliás, faz juz aos chefes caricatos de toda empresa. Mal humorada, autoritária, e dotada de um humor negro satânico.

Em frente ao banco fica estacionada uma banquinha de cachorro-quente. O proprietário, Paçoca, me vende um cachorro quente (com uma salsicha extra de cortesia) todos os dias depois do expediente. E enquanto eu alimento as lombrigas, lá vem ele com suas histórias. Mas eu não as escuto, normalmente fico notando quem passa na rua, ou a maneira bizarra como ele consegue ser engraçado. Vesgo, com uma salientíssima pança de chopp, cheio de cabelos brancos e um boné que mal lhe cabe na cabeça ele vive me dizendo que pareço a tal de 'Juliane da novela do Torto'. Não faço idéia de que novela seja.
-Sério, Paçoca?
- Verdade! Você parece muito com ela!
-Mas... ela é tão feia!
-Nãooo, ela é bonita como você!
-Credo, tio! Sai fora! Aquela Juliane é feia e você é um louco! Deixa eu ir que terminei meu cachorro-quente... E marca na minha conta, amanhã te pago o lanche e o chiclete.
-Fica tranquila, você eu deixo. Mas avisa aquela menina do cabelão e a aquela do namorado que tem um Chevette que elas tão me devendo mais de R$ 13,00!
- Beleza!

E lá vou eu pro meu ponto de ônibus. O homem da faixa faz seu culto no canteiro que divide a avenida, em frente ao ponto. Uma música melancólia, falando de salvação. Uma faixa bem grande escrito "JESUS, PRÍNCIPE DA PAZ". E muitos carros, ônibus, fumaça. Um pardieiro completo! Já chega meu ônibus, lá vou eu pra casa.

Estressante, divertido, necessário. Trabalhar pra mim é acima de tudo uma benção, onde é possível aprender muito em um curto espaço de tempo. Trabalho com pessoas, conheço todo tipo de gente, todo tipo de reação. Trabalho ainda para a minha indepência, minha liberdade convertendo meu suor em dinheiro, e meu tempo em puro orgulho de ser adulta.

terça-feira, 10 de julho de 2007

A vida da menina


Se lhe perguntassem meses antes o que seria do seu futuro, certamente ela responderia, sem pestanejar, que sua vida fazia parte de um engenhoso futuro muito distante de todas aquelas casas, árvores e pessoas dali. Porém, quanto mais certeza ela exteriorizasse, mais os ventos soprariam contra suas idéias (que por vezes a levavam de encontro a ruína e a dor).
Por ela a vida seria bem mais simples e potencialmente mais justa. Mas, como sempre as pedras no caminho insistiam em trazer-lhe lembranças de que o amargo de crescer nunca iria embora, conformou-se a menina com seu caminho.
Aprendeu o valor da luta e conheceu o sabor de colher os frutos do seu plantio. Bem como sentiu os olhos marejarem quando a geada queimou sua fértil colheita. E jamais, ouça bem, JAMAIS deixou de arar a terra, mesmo quando dela crescesse apenas enfadonhas gramíneas.
Ser forte não era uma questão de personalidade, mas sim de sobrevivência, de uma ação antibiótica. E certamente, dizia a menina, que quanto mais aniversários ela fazia mais paciente se tornava. Afirmava ainda que nunca se arrependeu daqueles erros que todos julgaram grandes, pois ali era onde residia os fragmentos de experiências que constituíam-na.
E se um dia achou-se sozinha, ela soube então que podia contar com ela mesma. Sabia que só era feliz quem conhecia o mistério do tempo. Era quem sabia que não existia passado ou futuro, e sim, o único, presente perpétuo.

domingo, 20 de maio de 2007

A frase do Lulu ♥


"A alegria que me dá, isso vai sem eu dizer." ♥
Lulu Santos

sábado, 19 de maio de 2007

Manifesto Comum


De acordo com o dicionário, COMUM designa algo que pertence simultaneamente a mais de um. COMUNIDADE? Qualidade do que é comum. E ainda assim, por que a necessidade de ser tão excêntrico e diferenciar-se do resto? Portanto, venho por meio deste manifesto, dar um grito em honra de gostar de amarelo e sossegar se o meu próximo também gostar de amarelo.
É uma característica humana tomar gosto por ser diferente, eu sei. É uma forma de termos uma identidade, assim como um nome, um número próprio na carteira de identidade ou aquela pintinha que só nós temos! Até mesmo esse manifesto manifesta minha vontade de fazer algo que ninguém nunca fez... um protesto a favor do comum. Sim, meu bem, a favor do comum. Pois me diga então, qual a graça de conhecer uma banda do Sri Lanka que toca música ALTERNATIVA cujo nome nem você consegue pronunciar? Não é muito mais fácil você dizer "Pô, conhece aquela do Rolling Stones?" e a pessoa te responder na lata que conhece e ainda prefere a sua preferida? Não é muito mais empolgante travar uma conversa com alguém que tem conhecimento sobre coisas que você gosta? E ela ainda pode acrescentar muito mais sobre o mesmo assunto. Por que? Porque cada um, tem uma visão de uma mesma coisa; sendo paradoxalmente comum e incomum a você. E a graça do mundo reside nisso, em exaltar que todos podemos ser iguais e de um jeito diferente.
Porém, amigos, manifesto aqui também minha profunda decepção e vergonha perante alguns movimentos. Como todos pegam o movimento EMO como exemplo (vamos lá, exercitando o manifesto comum), vamos analisar a situação : A verdade é que esse manifesto não prova nada além de que ser incrivelmente alternativo e diferentão, e escancarando essa realidade, nada mais é do que o meio mais rápido de massificar uma 'nova' cultura. Daí surge um festival de gente muito mais igual ainda, que logo se enche disso tudo e volta ao NORMAL. Comum.
E tudo se reclica. É tudo sempre igual.
E viva ao comum!
Aliás, eu nem gosto mesmo de amarelo.